Todos nós somos agentes da história. Desde que o homem passou a transformar a natureza, há milênios atrás, ele produz história. Conhecer o que ocorreu no passado é o objetivo da história e da arqueologia como disciplinas científicas. O historiador e o arqueólogo, para entenderem o passado, buscam pistas sobre o local e período que desejam estudar. As pistas são as fontes que estão relacionadas a tudo que o homem criou em um determinado local e tempo. Podemos dividir as fontes como escritas (documentos oficiais, jornais, cartas, diários, etc), visuais (pinturas, fotografias, filmes), orais (depoimentos) e da cultura material (roupas, móveis, instrumentos de trabalho, etc). Questionando as fontes, o historiador e o arqueólogo as interpretam construindo um discurso sobre o passado. Esse discurso, muitas vezes, pode variar ao longo do tempo, uma vez que os pesquisadores refletem em relação período em que vive.
A Pré-História é entendida como a parte da história da Terra e da humanidade em que as pessoas viviam sem o uso da escrita. Eu vivi durante essa época na região do Rio Tibagi. Vale destacar que a escrita foi desenvolvida no que hoje conhecemos como Oriente Médio e os povos que viviam aqui no entorno do Tibagi não possuíam essa técnica. Mas, por convenção, entende-se a Pré-história como o período anterior ao nascimento da escrita naquela região da Ásia. Ou seja, é um grande período de nossa existência. Mesmo sem a escrita, essa época possuía vários povos, nômades e sedentários, com seus costumes e modos de vida, espalhados por diversas regiões do mundo, inclusive no entorno do Rio Tibagi. O meu povo deixou muitas marcas nesta região, chamadas de arte rupestre. Vamos conhecer um pouco mais sobre esse período.