Desde o final do século XIX, a imigração no Paraná já era uma realidade. Os alemães do Volga (russos que viviam às margens do Rio Volga, na Rússia) formaram um dos primeiros grupos a chegarem ao Paraná. Mas as notícias da imigração se espalharam pela Europa e o incentivo do governo brasileiro para atrair imigrantes era grande. Eu faço parte de uma família de holandeses, que veio para o estado no início do século XX. No próximo slide, vou contar um pouco mais para vocês sobre a imigração holandesa.
Nós, holandeses, chegamos à região do Rio Tibagi em 1911, vindos da cidade de Irati, onde havia uma colônia multiétnica, e nos instalamos em terras que ficavam em uma fazenda na cidade de Carambeí. Neste local, nos dedicamos à rotação de culturas e criação de gado, principalmente para produção leiteira. As famílias se organizaram em cooperativas e a produção de laticínios foi o foco principal. Você sabia que dessa empreitada, em 1925, nasceu a firma “De Geus e Cia”, que deu origem mais tarde à cooperativa Batavo? A notícia do êxito da imigração holandesa acabou gerando uma boa expectativa em imigrantes de outros países, como é o caso de alemães e japoneses. Vamos conhecer mais sobre eles.
Às margens do Rio Tibagi também se instalaram famílias de japoneses, que fundaram a colônia japonesa de Assaí. Eles chegaram em 1922 e se dedicaram à produção de rami (uma planta da Ásia Oriental) para a indústria japonesa. No ano de 1932, um grupo de imigrantes japoneses liderado por Miyuki Saito, partiu de Jataizinho para uma fazenda chamada Três Barras. Aos poucos eles se organizaram e transferiram a sede da colonização para o território da atual cidade de Assaí, criada oficialmente em 1944, que foi a maior concentração de japoneses na região do Norte Pioneiro.
Os imigrantes alemães estão entre as experiências mais recentes de colonização na região do Rio Tibagi. Eles se instalaram em Castro, com a colônia alemã Terra Nova, a partir da década de 1930; em Palmeira, com a colônia Witmarsum, de menonitas, no ano de 1951; e em Castrolândia, na década de 1950, também na cidade de Castro. Assim como nós, holandeses, eles se dedicaram a atividades ligadas à produção de laticínios e à industrialização, organizados em cooperativas.